Mesmo que todos saibam que é essencial ficar em casa durante a pandemia, a distância física entre amigos e familiares pode ser extremamente difícil para manter os laços de amizade. Crianças e adolescentes não estão imunes, por isso é importante garantir a interação com outras pessoas para o bem da sua saúde mental e emocional.
A maioria de nós, já conta com a tecnologia para amenizar a distância. Instrumentos que já utilizamos em nosso cotidiano, como redes sociais e vídeo chamadas, facilitam essa interação, mas não suprem a falta do contato físico e as trocas de afeto entre eles.
Em compensação, crianças, que dependem da ajuda ou monitoria de seus responsáveis para acessar dispositivos, têm a interação com os amiguinhos mais restrita. Por não terem a autonomia necessária para manter esse contato, dependem muito da atenção de adultos que as acompanham.
“Dividir momentos com pessoas é fundamental para o nosso amadurecimento e para nos conectarmos com o mundo, além de ser uma rede de apoio importante para os momentos difíceis. Os amigos verdadeiros cumprem um papel de companhia, atenção, escuta e apoio emocional, além de serem como “sopros de alegria” em nossa vida tão corrida e estressante, o que permite melhorar a nossa qualidade de vida e tornar-se um fator de proteção para a nossa saúde mental. ”, explica a psicóloga, Nariana Castro.
A relação de amizade mudou e a forma de relacionar-se, também. No barzinho, saídas aos fins de semana, a ida ao cinema, ficaram restritos aos aplicativos, plataformas e o próprio delivery, método muito utilizado para comemorar datas importantes como os aniversários dos amigos. “Na impossibilidade de ir até a festa ou a casa deixar o presente, usei o delivery, cantei parabéns pela chamada de vídeo e marquei no stories a homenagem”, diz o advogado, André Luiz. “As tecnologias me ajudaram sim a matar a saudade e manter as minhas amizades, mesmo que de forma remota. Essa nova forma de lidar com as situações nos fez sentir falta de ter um calor, um afeto amigo, de ter conversas e fez com que a gente voltasse a coisas que não fazíamos mais, porque até um telefonema estava caindo em desuso e hoje a gente sente aquela necessidade de ligar, de ouvir a voz da pessoa, porque a pandemia nos ensinou a matar a saudade dos nossos amigos, dos nossos entes queridos de uma forma diferente'', encerra ele
A pandemia nos apresentou uma realidade onde os abraços e os encontros passaram a ser virtuais. Quem não se sente importante ao receber um “bom dia” ou “você é especial”? Estar em contato com nossos amigos além de proporcionar emoções agradáveis, ativa a ocitocina, um hormônio que minimiza os níveis de ansiedade no nosso corpo. Assim, devemos utilizar as redes a nosso favor, pois nesse contexto, é através delas que conseguimos de modo seguro ter acesso às pessoas que amamos”, enfatiza a psicóloga.
As chamadas de vídeo viraram pontos de encontro. Se não podemos ir à festa de aniversário, o delivery leva o presente e mantém o laço. O que não pode é perder a amizade. E você! Como tem feito para matar a saudade dos amigos e fortalecer os laços? Conta aí!
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